quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Novo Adido belga no Brasil se apresenta ao Ministério da Defesa

Assessoria de Comunicação Social do MD - Juliana Boëchat
Fotos: Elio Sales

Em seu segundo mês como Adido de Defesa Naval, do Exército, e da Aeronáutica da Bélgica no Brasil, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Luc Degroote se apresentou ao Ministério da Defesa (MD) do Brasil nessa terça-feira (21/08). Ele foi recebido pelo Diretor do Departamento de Assuntos Internacionais (DAI), Major-Brigadeiro-do-Ar Jorge Cruz de Souza e Mello, para estreitar os laços entre as duas Forças.

O novo Adido passará os próximos três anos mediando a relação militar dos países da América do Sul (Brasil, Chile e Argentina) com a Bélgica. O Brasil foi o primeiro lugar visitado pelo capitão Degroote em sua viagem de reconhecimento ao cone sul. Com tamanha diferença histórica, política e econômica, o brigadeiro e o capitão pretendem reforçar as relações a fim de favorecer futuras trocas de experiência. “Estou conhecendo a América do Sul. No final dos três anos, espero ter uma visão panorâmica das diferenças existentes na região”, diz.

Degroote era da equipe que deu início ao processo da unificação das Forças Armadas nacionais belgas. As mudanças tiveram resultados significativos em pouco tempo devido à quantidade de pessoas que compõe a força de defesa do país. Com um pouco mais de 10 milhões de habitantes, apenas 40 mil fazem parte da Marinha, do Exército e da Força Aérea local. Para mostrar como o projeto foi desenvolvido, o capitão entregou ao diretor do DAI um documento que explica a força de defesa belga e o planejamento da área para os próximos oito anos. “Até 2015 pretendemos ter uma força nacional unificada”, explica o capitão.

Segundo o brigadeiro Souza e Mello, o Ministério da Defesa do Brasil ainda tem muito para aprender com o país europeu, pois “nós ainda somos um Ministério muito novo”. Um dos tópicos de grande interesse do Brasil é em relação à participação da Bélgica na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). “Nós temos a visão norte americana da OTAN. Também é interessante saber o outro lado da história”, diz o brigadeiro Souza e Mello. A Bélgica atua em países como Congo, Afeganistão e Líbano. “Um dos objetivos da Bélgica é, no futuro, poder trabalhar lado a lado com a ONU. Não há impedimentos legais para isso”, diz o capitão.

Junto com a sua esposa, Luc Degroote reside em Buenos Aires, e garante ainda que tem muito a ser feito em conjunto “para que o Brasil e a Bélgica cresçam juntos”. Por ser um país de aproximadamente 30 mil km², a Bélgica precisa de relações exteriores fortes para se desenvolver. “Recentemente, começamos a treinar os pilotos da Força Aérea em parceria com a França. O meu país precisa desse tipo de relação”, explica Degroote.

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