Juliana Boechat - Estagiária do Correio Braziliense
Caderno especial Taguatinga 50 anos.
Taguatinga tem cara de metrópole. As ruas são largas, pessoas vão e vêm de todos os lados e motoristas impacientes buzinam. O comércio, a principal atividade econômica da cidade, chama a atenção. Só no centro de Taguatinga passam, por dia, cerca de 8 mil pessoas em busca dos mais variados tipos de mercadorias e serviços. Mas é na Comercial Norte onde o comércio mais floresceu. É lá que dois centros comerciais se destacam: o Mercado Norte e o Taguacenter.
Eles ficam lado a lado e contrastam tradição com modernidade. O Taguacenter, inaugurado em 1977, acompanhou o crescimento apressado de Taguatinga e logo se tornou um dos maiores símbolos do comércio na cidade. À beira da Avenida Hélio Prates, é fácil perceber a fachada de combogós azuis e laranjas e o colorido das lojas de tecido viradas para a rua. Moderno, o pequeno shopping atrai cerca de 7 mil pessoas todos os dias em busca de panos para roupas, bijuterias ou peças para produção de artesanato. Os estabelecimentos sempre garantem variedade, preço baixo e, com isso, clientela fiel.
Algumas lojas foram criadas ao lado do pequeno shopping e, com o passar do tempo, só cresceram. Este é o caso do Armarinho Novidades. O comércio é da família de Francisco de Sousa Leite, o seu França. Quando começou o negócio, no final da década de 1970, ele só conseguiu comprar 50 metros quadrados de loja. "Era caro demais, então começamos de baixo", lembra França. Hoje, são 3 mil metros quadrados divididos em dois andares, com mais de 14 mil tipos diferentes de produto. "Tinha um cinema no subsolo, mas assim que ele foi desativado, ampliamos a loja", conta Zélia de Azevedo, esposa de França. Ela diz que o Taguacenter seguiu a tendência da cidade ao longo dos anos e os comerciantes do mercado não passaram por crises econômicas.
"O Taguacenter cresceu com o armarinho e nós crescemos com o shopping", acredita. Os quatro andares do prédio se dividem em salas comerciais e lojas de tecido, de bijuteria a armarinhos. Ao oferecer serviços básicos para a população — salas de dentistas e médicos —, o lugar atraiu a população e firmou o nome no comércio local. "É referência. Tanto é que alguns ônibus colocaram o Taguacenter como destino final da viagem", diz Zélia.
A realidade do Mercado Norte é bem diferente. Desde a inauguração, em 1961, o galpão mantém a aparência e as letras garrafais na fachada. O mercado tradicional foi erguido quando o comércio de Taguatinga era formado por mascates e comerciantes que vendiam mercadorias de porta em porta. Nessa época, açougues, lojas de roupa e a pastelaria Dois Irmãos eram as maiores atrações do mercado. Aos poucos, muitas lojas deram lugar a armarinhos, restaurantes e mais lojas de roupa. Mas a pastelaria continua.
Em família
Beatriz Bernardes Yamaguti, 57 anos, também está há muito tempo no mercado. Mineira, chegou à idade com 11 anos e, aos 14, começou a trabalhar na barraca de roupas da irmã mais velha. Foi ali, entre os corredores, que conheceu Getúlio Yamaguti, o atual marido. Na década de 1960, ele trabalhava a dois corredores de distância, no armazém de um primo. Pouco tempo depois do primeiro encontro, começaram a namorar, se casaram e tiveram os primeiros filhos.
Para manter a casa, compraram um espaço no mercado. "Construímos a nossa casa com o dinheiro que ganhamos na loja. Dá para viver muito bem", diz satisfeita. O casal investiu em uma loja de roupa e juntos fizeram do Mercado Norte a segunda casa. A história do mercado é contada a cada corredor, em cada loja, por várias gerações. "É como estar em família", conta Beatriz.
Já o Mercado Sul, na QSB 13, foi o primeiro centro comercial organizado de Taguatinga. Inaugurado ainda na década de 1960, quando o comércio se desenvolvia na cidade, o local era freqüentado por pessoas em busca de miudezas. Desde aquela época, a principal característica do mercado é a falta de um limite físico para unir os lotes. As lojas são separadas e sem espaços definidos, com grande capacidade de mobilidade. No início da década de 1990, com a "explosão" do comércio em Taguatinga, o Mercado Sul entrou em decadência. Hoje em dia, a maioria das lojas oferece prestações de serviço como consertos de eletrodomésticos, serralherias e lojas de estofados.
Taguatinga tem cara de metrópole. As ruas são largas, pessoas vão e vêm de todos os lados e motoristas impacientes buzinam. O comércio, a principal atividade econômica da cidade, chama a atenção. Só no centro de Taguatinga passam, por dia, cerca de 8 mil pessoas em busca dos mais variados tipos de mercadorias e serviços. Mas é na Comercial Norte onde o comércio mais floresceu. É lá que dois centros comerciais se destacam: o Mercado Norte e o Taguacenter.
Eles ficam lado a lado e contrastam tradição com modernidade. O Taguacenter, inaugurado em 1977, acompanhou o crescimento apressado de Taguatinga e logo se tornou um dos maiores símbolos do comércio na cidade. À beira da Avenida Hélio Prates, é fácil perceber a fachada de combogós azuis e laranjas e o colorido das lojas de tecido viradas para a rua. Moderno, o pequeno shopping atrai cerca de 7 mil pessoas todos os dias em busca de panos para roupas, bijuterias ou peças para produção de artesanato. Os estabelecimentos sempre garantem variedade, preço baixo e, com isso, clientela fiel.
Algumas lojas foram criadas ao lado do pequeno shopping e, com o passar do tempo, só cresceram. Este é o caso do Armarinho Novidades. O comércio é da família de Francisco de Sousa Leite, o seu França. Quando começou o negócio, no final da década de 1970, ele só conseguiu comprar 50 metros quadrados de loja. "Era caro demais, então começamos de baixo", lembra França. Hoje, são 3 mil metros quadrados divididos em dois andares, com mais de 14 mil tipos diferentes de produto. "Tinha um cinema no subsolo, mas assim que ele foi desativado, ampliamos a loja", conta Zélia de Azevedo, esposa de França. Ela diz que o Taguacenter seguiu a tendência da cidade ao longo dos anos e os comerciantes do mercado não passaram por crises econômicas.
"O Taguacenter cresceu com o armarinho e nós crescemos com o shopping", acredita. Os quatro andares do prédio se dividem em salas comerciais e lojas de tecido, de bijuteria a armarinhos. Ao oferecer serviços básicos para a população — salas de dentistas e médicos —, o lugar atraiu a população e firmou o nome no comércio local. "É referência. Tanto é que alguns ônibus colocaram o Taguacenter como destino final da viagem", diz Zélia.
A realidade do Mercado Norte é bem diferente. Desde a inauguração, em 1961, o galpão mantém a aparência e as letras garrafais na fachada. O mercado tradicional foi erguido quando o comércio de Taguatinga era formado por mascates e comerciantes que vendiam mercadorias de porta em porta. Nessa época, açougues, lojas de roupa e a pastelaria Dois Irmãos eram as maiores atrações do mercado. Aos poucos, muitas lojas deram lugar a armarinhos, restaurantes e mais lojas de roupa. Mas a pastelaria continua.
Em família
Beatriz Bernardes Yamaguti, 57 anos, também está há muito tempo no mercado. Mineira, chegou à idade com 11 anos e, aos 14, começou a trabalhar na barraca de roupas da irmã mais velha. Foi ali, entre os corredores, que conheceu Getúlio Yamaguti, o atual marido. Na década de 1960, ele trabalhava a dois corredores de distância, no armazém de um primo. Pouco tempo depois do primeiro encontro, começaram a namorar, se casaram e tiveram os primeiros filhos.
Para manter a casa, compraram um espaço no mercado. "Construímos a nossa casa com o dinheiro que ganhamos na loja. Dá para viver muito bem", diz satisfeita. O casal investiu em uma loja de roupa e juntos fizeram do Mercado Norte a segunda casa. A história do mercado é contada a cada corredor, em cada loja, por várias gerações. "É como estar em família", conta Beatriz.
Já o Mercado Sul, na QSB 13, foi o primeiro centro comercial organizado de Taguatinga. Inaugurado ainda na década de 1960, quando o comércio se desenvolvia na cidade, o local era freqüentado por pessoas em busca de miudezas. Desde aquela época, a principal característica do mercado é a falta de um limite físico para unir os lotes. As lojas são separadas e sem espaços definidos, com grande capacidade de mobilidade. No início da década de 1990, com a "explosão" do comércio em Taguatinga, o Mercado Sul entrou em decadência. Hoje em dia, a maioria das lojas oferece prestações de serviço como consertos de eletrodomésticos, serralherias e lojas de estofados.
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